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Destaque na culinária baiana e nas religiões de matriz africana, o quiabo - que leva cerca de 180 dias para o ciclo produtivo - teve aumento expressivo no preço em relação ao comparativo de quatro anos. De acordo com informações do portal Globo Rural, são vendidos cerca de 180 quilos semanais, custando o valor médio de R$ 150 a saca de 30 quilos.
O município de Santo Estêvão, a 156,4 km de Salvador, é um dos principais produtores do país e abastece as cidades vizinhas, como Feira de Santana, Ipirá, Amélia Rodrigues e Cruz das Almas.
O agricultor Jailson de Jesus Lomba disse à reportagem que, no auge da temporada - geralmente na Semana Santa; no mês dos ibêjis, em setembro; e nas proximidades da celebração de Iansã, em dezembro -, a colheita chega a 360 quilos por semana.
Lomba ressalta, no entanto, que o aumento de 89% nos preços nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) baianas tem dificultado o acesso do vegetal para a população do vegetal. ”O quiabo é um alimento que é muito útil, deveria estar na mesa de todos, mas nem todos estão podendo comprar devido ao preço”, disse na reportagem.
O último censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, apontou uma colheita de 363 toneladas de quiabos, equivalente a 3% de toda a produção do Estado. No entanto, as mudanças climáticas e a ocorrência de pragas e doenças são os principais fatores que influenciaram a alta do valor final.